sexta-feira, outubro 16, 2009

Entrevista: Mescalha

Influenciados pelo Rock ‘n Roll psicodélico dos anos 60 e 70 e mais uma boa dose de música nacional, os londrinenses do Mescalha foram os vencedores do Londrina Rock Festival. A banda ganhou um prêmio em dinheiro e a gravação de uma música que tocará na Rádio Folha FM. O Mescalha ainda prevê o lançamento de um DVD no final deste ano. Assim espera o guitarrista da banda, Henrique Medina, que conversou com o Microfonia Metálica sobre os projetos do grupo.

Microfonia: O que motivou o pessoal da banda para participar do Londrina Rock Festival ?
Henrique Medina: Achamos importante divulgar nosso trabalho no festival. Além disso, muitas pessoas vieram falar que tínhamos grandes chances de ganhar e isso levou agente a arriscar. O prêmio sem dúvida também é um grande apoio para a banda. Estamos investindo em equipamento e a premiação vai dar uma boa ajuda


Há quanto tempo o Mescalha está na ativa?

Medina: Há 4 anos, com o nome Mescalha há 2 anos.

Algumas bandas desse festival tinham a mesma experiência de vocês, ou eram mais bandas de garagem?
Medina: A maioria das bandas era de garagem. Fora algumas bandas que conhecia, foi meu primeiro contato com as outras bandas, tinha muitas legais. Acho que o festival foi importante pra isso, na questão de trocar figurinha com outras bandas e divulgar o nome.


A experiência nos palcos também ajudou a levar o prêmio?

Medina: Várias coisas foram avaliadas pelos jurados, a presença de palco era uma delas e isso você conquista só com experiência mesmo. Os equipamentos eram bons então não tivemos problemas. Mas acredito que sim!


Desde o começo da banda vocês sempre focaram em fazer músicas próprias?
Medina: Na verdade não. Antes nós usávamos o nome Bangalôs, era uma banda de cover de clássicos do Rock and Roll 60/70 , isso em 2004. E uma banda de Cambé copiou nosso nome, a Bangalô. Hoje agente vê que Mescalha é mais bonito (risos). Quando agente mudou de nome, já estávamos com essa idéia, de focar em som próprio.

Assim, faz 2 anos que estamos com essa proposta, fomos indo aos poucos. Hoje o show é basicamente música nossa, ainda trabalhamos com o cover, só que os arranjos são nossos também. Sempre buscamos deixar o som com a nossa cara, estamos trabalhando muito com a música brasileira. Nosso ultimo show teve apenas uma música internacional, o Led Zeppelin que não pode faltar.


Por que a preferência pelo nacional e as músicas próprias cantadas em português também?
Medina: Já que estamos no Brasil porque cantar em inglês? Valorizamos bastante a música brasileira também. Já que a grande maioria das bandas de rock and roll do mundo são letras em inglês né? Uma grande influência nossa é o Mutantes, um rock and roll beatles, mas com uma cara bem brasileira. Eu acho isso muito bonito!
O nosso vocalista conhece muita musica brasileira, ele gosta muito de Mpb, apresentou bastante coisa para nós. E isso influenciou nosso estilo com certeza.

A minha cabeça antes era só Led Zeppelin, Jimi Hendrix, Deep Purple e etc... Sempre fui pirado nos clássicos e ainda sou. Mas hoje eu escuto algumas bandas brasileiras que são bem interessantes também como Novos Baianos, Som Nosso de Cada Dia, Arrigo Barnabé. Os Mutantes sempre foi influência nossa, então, misturamos bastante.
Nosso vocal (João Marcelo) gosta bastante de MPB, nosso baixista (Guilherme Paiva) gosta de groove/funk, o batera (Vitor Delallo) gosta de uns sons mais pesados e eu gosto dos clássicos/progressivo/psicodélico.



Você acha que hoje faltam bandas que elaborem um trabalho como esse, de experimentação?
Medina: Acho que fazer Rock and Roll em português já é um pouco inovador, comparando com o restante. Não é fácil encontrar uma banda com essência original atualmente, talvez seja o lance de querer ser igual aquela banda foi e não ser você mesmo. Tem tanta coisa legal acontecendo hoje, acho besteira não explorar isso para criar o que as pessoas querem ouvir.

Valorizo as bandas que colocam a cara na música independente, mas realmente falta um pouco de inovação.


Como foi a produção do DVD que o Mescalha gravou este ano?Medina: A banda foi convidada para participar do Filo 2009, achamos que era uma grande oportunidade para ser registrada e resolvemos gravar o DVD ali mesmo.
A produção de palco foi idéia do Júlio Delallo (irmão do nosso baterista Vitor Delallo), nós tentamos criar um deserto no palco. O Júlio deu uma força grande para nós com a Project 07, que produz palcos, iluminação e entre outros.

Passamos várias horas montando dois cactos gigantes, deu um puta trabalho! O fundo era de espelho, tivemos que quebrar espelho e grudar no tecido de fundo, a produção foi feita até poucas horas antes do show.


O Mescalha tem plano pra tocar em algum festival?
Medina: Vamos participar do Woodstock Maringá, que também terá bandas de Minas Gerais e São Paulo. Vamos participar do Psicodália em Rio Negrinho-SC no fim do ano, um festival totalmente voltado para o Rock and Roll, em que o Mutantes com a formação original vai tocar.



Para quem se interessou pelo Mescalha, visitem o myspace da banda e assistam a prévia do DVD com a música Bolero do Ar Vermelho:






O melhor é ver a banda ao vivo! Neste domingo, 18 de outubro, o Mescalha vai tocar no Bar Valentino ás 22h00. O ingresso está por sete reais.






1 comentário

Unknown disse...

Meu nome é Susan, sou de Brasilia, conheci o Medina e a Banda Mescalha pela internet atraves do orkut do meu bar de rock chamado Fuzaka Bar e confesso q virei fã logo de cara, um rock diferente, interativo,progressivo, enfim, simplesmente sensacional!!!!estavamos precisando de um rock assim...

Amo a banda!!!!

Viva ao Rock n'Roll e ao Mescalha!!!!

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